domingo, 18 de setembro de 2011

A visão de Álvaro Santos Pereira acerca da economia portuguesa, e a nossa interpretação dessa visão

Numa visão de Álvaro Santos Pereira, ministro da economia, estamos perante a dívida mais elevada dos últimos 160 anos.
Como responsáveis por esta divida podemos apontar à PPP (pareceria pública privada), que na sua opinião esconde dívidas, ou, sendo mais claros transportam as dividas para o futuro. Construindo e construindo não pagando um único cêntimo, dinheiro este que só daqui a 10 anos os governos começarão a pagar, ou seja nós jovens de hoje. Daí o termo utilizado por ele como: As dívidas do futuro.
Por esta mesma razão é que fazer falcatruas nestes tempos, ou seja utilizar medidas para baixar o défice para ter esse excedente que o primeiro-ministro fala, só fará com que isso seja de ser pago mais tarde. Mas mesmo assim o comissário europeu para tentar apaziguar os mercados continua com esta "maneira de fazer as coisas" para mostrar que está mais ou menos tudo bem.
Mas a quem queremos nós enganar?
E por causa disto é que as próximas gerações terão dividas de 1.5 e 2.5 milhões de euros. Dividas estas que teremos de ser nós a pagar!
Mas para Álvaro Santos Pereira não deixa de ser possível chegar a 2016/2017 com défice 0.
Se conseguirmos baixar o défice até 3 por cento, segundo ele, os governos em 3 ou 4 anos conseguem baixar o défice a O.
E porque é que o défice deve ser 0? Ele justifica-se com duas razões:
1º Porque em 37 anos de democracia nunca nos aproximamos de um equilíbrio orçamental, pois os nossos governos gastam mais do que podem. -vejam só o ridículo da situação!
2ª Porque as consolidações orçamentais ( passar de défice para existentes orçamentais) não têm que ser recessivas. Podem ter impacto negativo e depois positivo. E isso pode resultar bem.


Mas também relacionado com o investimento chinês o nosso ministro da economia tem uma opinião: “É bem-vindo! É óptimo!”
A china, ou melhor o mercado chinês caiu em grande cá! Mas não sejamos inocentes pois claramente que tudo isto tem causa, visto que a China sabe que vale a pena investir na dívida europeia neste momento e também, como é obvio por um interesse estratégico.
Pena é o facto de não conseguirmos atrair o investimento chinês para criar emprego para os portugueses e desta forma reduzir a taxa de desemprego.

Para Álvaro Santos Pereira os próximos dez anos a nível de estado serão bem diferentes.
Isso não deixa de ser claro para nós, sim porque a nossa dívida pública e a nossa dívida externa é tão grande que se torna totalmente insustentável mantê-la. E desta forma, das duas uma: ou reformamos o nosso estado ou então outros virão reformar o estado em nossa vez!
Mas mesmo assim, estando nós todos mais virados para a segunda opção, o nosso caro ministro continua num pensamento bastante positivo! Para ele daqui a 10 anos quando falarmos à cerca deste tema veremos que 2011 foi um ano, de certo modo bom, que marcou a grande viragem para um estado bem mais racional e onde não tenha que ser preciso cortar aos salários públicos por falta de coragem de cortar na despesa do estado. Quando mencionou esta parte do “ano bom da viragem”, deve com certeza se ter esquecido toda a miséria que se passa nos dias de hoje!
Que pelo menos tudo isto faça com que haja finalmente uma reforma do estado em que o este deixe de ter um papel tão primordial na economia portuguesa como tem tido até agora.

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