terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ainda pior em 2012 ...

A economia portuguesa terá o segundo pior desempenho no mundo em 2012.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) manteve hoje as suas projecções para a economia portuguesa, antecipando uma quebra de 2,2% no PIB este ano e 1,8% em 2012, tal como consta nas previsões da troika que constam no programa de ajustamento de Portugal.

Contudo, a divulgação do World Economic Outlook do FMI permite comparar o desempenho de Portugal com as restantes economias mundiais, sendo que as projecções do FMI colocam Portugal no fundo da tabela.

Tendo em conta todos os países para os quais o FMI avançou com projecções, só a Grécia terá no próximo ano um desempenho inferior a Portugal. Para a economia helénica o FMI perspectiva uma quebra de 5% no PIB este ano e 2% em 2012.

Caso se concretizem as previsões do FMI, apenas Portugal e a Grécia estarão em recessão no próximo ano entre todos os países europeus. A economia italiana ficará perto da estagnação (PIB cresce 0,6% este ano e 0,3% em 2012) , a Espanha vai recuperar (PIB cresce 0,8% este ano e 1,1% em 2012) e a Irlanda (o terceiro país do euro a receber ajuda externa) passará de um crescimento de 0,4% em 2011 para 1,5% em 2012.

Mas a prestação da Grécia e Portugal não destoa apenas da que se prevê para os seus parceiros europeus. Olhando para as tabelas (ver imagem em baixo) com as previsões do FMI para os países (emergentes e desenvolvidos) asiáticos, americanos, africanos e do Médio Oriente, não se encontra país com uma quebra estimada do PIB superior à de Portugal e Grécia.

Reflexo dos programas de ajustamento e medidas de austeridade que os dois países estão a implementar, que têm forte impacto na evolução da actividade económica.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

PREMIO NOBEL: Ainda não foi desta que o nosso sobrinho foi escolhido, pêsames das Titias e do Tio Patinhas

Os escolhidos para o prémio nobel da economia deste ano, 2011, foi partilhado por dois norte-americanos, Thomas J. Sargent e A. Christopher Sims.  
Este prémio deveu-se aos métodos desenvolvidos para estudar a relação entre a política económica e as variáveis macroeconómicas, como o produto interno bruto, inflação, emprego e investimento. Ou seja no fundo eles foram premiados pela "pesquisa empírica sobre a causa e o efeito na macroeconomia”.
As apostas dos especialistas concentraram-se, não nos nomes, mas na área de acção. Os desenvolvimentos no estudo da área macroeconómica eram os mais pedidos pelos críticos.
Por esta razão, este interesse pela área da macroeconomia é que nós a iremos explicar.
 A macroeconomia é o estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos microeconómicos) da economia no que concerne principalmente à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior. A macroeconomia tem como objectivos principais: o crescimento da produção e consumo, o pleno emprego, a estabilidade de preços, o controle inflacionário e uma balança comercial favorável.
Só por uma questão de curiosidade, no ano passado reconhecidos com o prémio Nobel da Economia foram Peter Diamond, Dale Mortensen e Christopher Pissarides pelo seu trabalho sobre a eficiência no recrutamento, a formação de salários e legislação laboral.

Economia portuguesa vai contrair 4,1% este ano

- O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera uma contracção de 4,1% da economia portuguesa já este ano, uma previsão ainda mais negativa que a do Banco de Portugal.
As últimas previsões do FMI, conhecidas hoje, apontam para uma contracção do PIB português de 4,1% este ano e de 0,5% em 2010.
Estas previsões são ainda mais pessimistas do que o cenário traçado pelo Banco de Portugal na semana passada. Segundo a instituição liderada por Vítor Constâncio, a economia nacional vai contrair 3,5% este ano, o pior desempenho da era democrática. - Chipre é o único que escapa à maré negraCom a excepção do Chipre, todas as economias da zona euro vão contrair este ano, segundo o FMI.
O cenário mais grave é o irlandês, onde se espera um crescimento negativo de 8% em 2009. Já as economias alemã e francesa, os grandes motores da Europa, deverão cair 5,6% e 3%, respectivamente.
Para o Reino Unido, que apresentou hoje o seu Orçamento, é esperada uma quebra de 4,1%.
De acordo com as previsões do FMI, a economia da zona euro fechar o ano com uma contracção de 4,2%.

- As previsões do FMI
Portugal (2009: -4.1%/2010: -0.5%)
Zona Euro (2009: -4.2%/2010: -0.4%)
Estados Unidos (2009: -2.8%/2010: 0.0%)
Economia Mundial (2009: -1.3%/2010: 1.9%)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

IDH mundial

Muito falamos de IPH, IDH, PIB .. mas afinal que significa isso?

Indicadores simples e compostos, que é isto?
Meus caros amigos, a economia de um país para ser avaliada tem que ser antes medida e é para isso mesmo que servem os indicadores.
 Os indicadores simples permitem avaliar aspectos da realidade, como, aspectos socioculturais (taxa de analfabetismo; taxa de escolaridade feminina; consumo de jornais por habitante; número de médicos por 1000 habitantes; taxa de alfabetização de adultos), aspectos económicos (PIB per capita; RN per capita; taxa de inflação; taxa de crescimento anual do PIB; repartição da população activa por sectores de actividade), aspectos políticos (reconhecimento dos direitos humanos; reconhecimento dos direitos da criança; existência/ não existência da pena de morte; grau de participação na vida política) e aspectos demográficos (taxa de crescimento anual da população; taxa de natalidade; taxa de mortalidade; esperança média de vida).
Os indicadores compostos, que são constituídos pelos indicadores simples, permite-nos ter uma maior precisão da realidade. Falamos então do IDH (índice de desenvolvimento humano), composto pelos indicadores esperança de vida á nascença, taxa de alfabetização, taxa de escolaridade combinada, PIB per capita em dólares PPC paridade de poder de compra); IPH (índice de pobreza humana) que é calculado de forma diferente para os países desenvolvidos, IPH2 e para os países em desenvolvimento, IPH1.
O IPH2 engloba os indicadores: probabilidade á nascença de não viver até aos 60 anos; percentagem de adultos que são funcionalmente analfabetos; percentagem de pessoas que vivem abaixo da linha de privação de rendimento (50% da mediana do rendimento disponível ajustado das famílias); taxa de desemprego de longa duração (12 meses ou mais). O IPH1 é composto pela probabilidade à nascença de não viver até aos 40 anos; taxa de analfabetismo de adultos; percentagem de pessoas sem acesso sustentável a uma fonte de água adequada; percentagem de crianças menores de 5 anos com peso deficiente para a idade.

domingo, 18 de setembro de 2011

A visão de Álvaro Santos Pereira acerca da economia portuguesa, e a nossa interpretação dessa visão

Numa visão de Álvaro Santos Pereira, ministro da economia, estamos perante a dívida mais elevada dos últimos 160 anos.
Como responsáveis por esta divida podemos apontar à PPP (pareceria pública privada), que na sua opinião esconde dívidas, ou, sendo mais claros transportam as dividas para o futuro. Construindo e construindo não pagando um único cêntimo, dinheiro este que só daqui a 10 anos os governos começarão a pagar, ou seja nós jovens de hoje. Daí o termo utilizado por ele como: As dívidas do futuro.
Por esta mesma razão é que fazer falcatruas nestes tempos, ou seja utilizar medidas para baixar o défice para ter esse excedente que o primeiro-ministro fala, só fará com que isso seja de ser pago mais tarde. Mas mesmo assim o comissário europeu para tentar apaziguar os mercados continua com esta "maneira de fazer as coisas" para mostrar que está mais ou menos tudo bem.
Mas a quem queremos nós enganar?
E por causa disto é que as próximas gerações terão dividas de 1.5 e 2.5 milhões de euros. Dividas estas que teremos de ser nós a pagar!
Mas para Álvaro Santos Pereira não deixa de ser possível chegar a 2016/2017 com défice 0.
Se conseguirmos baixar o défice até 3 por cento, segundo ele, os governos em 3 ou 4 anos conseguem baixar o défice a O.
E porque é que o défice deve ser 0? Ele justifica-se com duas razões:
1º Porque em 37 anos de democracia nunca nos aproximamos de um equilíbrio orçamental, pois os nossos governos gastam mais do que podem. -vejam só o ridículo da situação!
2ª Porque as consolidações orçamentais ( passar de défice para existentes orçamentais) não têm que ser recessivas. Podem ter impacto negativo e depois positivo. E isso pode resultar bem.


Mas também relacionado com o investimento chinês o nosso ministro da economia tem uma opinião: “É bem-vindo! É óptimo!”
A china, ou melhor o mercado chinês caiu em grande cá! Mas não sejamos inocentes pois claramente que tudo isto tem causa, visto que a China sabe que vale a pena investir na dívida europeia neste momento e também, como é obvio por um interesse estratégico.
Pena é o facto de não conseguirmos atrair o investimento chinês para criar emprego para os portugueses e desta forma reduzir a taxa de desemprego.

Para Álvaro Santos Pereira os próximos dez anos a nível de estado serão bem diferentes.
Isso não deixa de ser claro para nós, sim porque a nossa dívida pública e a nossa dívida externa é tão grande que se torna totalmente insustentável mantê-la. E desta forma, das duas uma: ou reformamos o nosso estado ou então outros virão reformar o estado em nossa vez!
Mas mesmo assim, estando nós todos mais virados para a segunda opção, o nosso caro ministro continua num pensamento bastante positivo! Para ele daqui a 10 anos quando falarmos à cerca deste tema veremos que 2011 foi um ano, de certo modo bom, que marcou a grande viragem para um estado bem mais racional e onde não tenha que ser preciso cortar aos salários públicos por falta de coragem de cortar na despesa do estado. Quando mencionou esta parte do “ano bom da viragem”, deve com certeza se ter esquecido toda a miséria que se passa nos dias de hoje!
Que pelo menos tudo isto faça com que haja finalmente uma reforma do estado em que o este deixe de ter um papel tão primordial na economia portuguesa como tem tido até agora.

O que é a economia?

Achamos por bem, antes de começar com qualquer crítica ou divulgação de informaçao sobre esta tematica, de defini-la. Assim, comecemos por uma breve definição do que é a economia.
A Economia (palavra que surge do grego οικονομία), melhor dizendo, a actividade económica, pode ser definida como a ciência que estuda a maneira como os homens empregam os recursos escassos, para satisfazer os desejos e as necessidades do Homem.
Esta escassez significa que os recursos que ainda são disponíveis, são insuficientes para satisfazer todas as necessidades e desejos.
Ou seja, caso não existisse essa escassez de recursos, não haveria problema económico.

O nosso querido sobrinho, Ministro da Economia

Tendo em conta o sub-titulo do nosso blog, a maior parte do nosso trabalho, irá ser focado, principalmente  em Álvaro Santos Pereira, o ministro da Economia.
Este e outros assuntos irão aqui ser discutidos, para assim ficarem esclarecidos.